Embora este “sentimento brasileiro” exista no nosso povo, muitas vezes calado por causa da hipocrisia que rola solta há séculos em nosso país, o sentimento de racismo e preconceito contra gays ainda está presente em nosso cotidiano. Digo isso, porque recentemente entrou em pauta na mídia às declarações que o deputado federal, Jair Bolsonaro – PP/RJ, que manifestou no programa CQC na Rede Bandeirantes de Televisão o seu posicionamento contra estes segmentos da sociedade. Disse claramente que não admitiria que um filho seu construísse uma relação afetiva com uma afro descendente, bem como, que um filho seu fosse homossexual. Sem dúvida um atraso em nível de pensamento, tentou se justificar mostrando em nível nacional, no mesmo programa no qual provocou a polêmica, uma foto de um suposto parente de sua esposa da etnia afro. Também se declarou contra as cotas raciais nas universidades públicas, bom até aí tudo bem, posso dizer que concordamos com o deputado, também pudera, se vivemos em um Brasil democrático temos que saber conviver com a diversidade de pessoas e na carta magma que é a nossa Constituição diz: “todos somos iguais perante a lei”.
Além disso, Bolsonaro declarou publicamente que não “entraria em um avião pilotado por um cotista”, mostrando o seu radicalismo perante a medida racial. Intenções são boas, mas nunca dará certo estabelecer cotas no Brasil, apesar da nossa solidariedade reconhecida internacionalmente, ainda somos um povo muito competitivo que não admite perder, ainda mais por alguém “inferior”, se é que me entendem.
Para resolver o problema com preconceitos, deve-se mudar a educação de nossas crianças, mostrando que se devem respeitar às opções dos outros e as etnias existentes em nosso país.
Mas como fazer isso quando as nossas autoridades são as que propagam a perseguição aos afro descendentes? Para quem não sabe, a Brigada Militar da cidade de Jaguarão está envolvida em um processo de racismo. Tudo isso aconteceu acerca de um mês quando policiais colocaram um grupo contra a parede, na intenção de revista-los, um procedimento de rotina. Segundo o estudante universitário Heider Santos, estudante da Unipampa daquela região, um dos policiais começou a agir de forma impropria e dizer palavras de cunho racista.
Após o jovem procurar os seus direitos perante a justiça local, começou a receber ameaças anônimas por cartas, assim, o obrigando a deixar os estudos no Rio Grande do Sul e voltar ao seu estado de origem a Bahia para tentar vida nova. O Comando local prometeu apurar o caso, mas é uma pena que pouco será feito, ou não dará em nada como se costuma dizer no Brasil. Até outra hora!
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